As almas acenderam o candeeiro
Chegaram os tumbeiros
E o sangue do negro semeou (semeou!)
No ventre de ayê, o nosso ilê
Somos herdeiros da luz de ifá e rei xangô
O alafin de oyó em seu trono
Coroa dadá ajaká
É matamba! Luanda! É Ginga! Mãe África!
Clãs, animais, o fogo dos ancestrais
E lá na Bahia, a soberana do querebentã
É feitiçaria, é de jêje guardiã
Galanda obá dos obás, chico-rei das Minas Gerais
Galanda obá dos obás, chico-rei das Minas Gerais
Caminho aberto para a resistência
Dinastia quilombola, reverência
São benedito, virgem do rosário
Me concedam o itinerário
Da majestade de palmares
De ganga zumba, sentinela
É Quariterê, manto negro de Benguela
O mais antigo pavilhão da zona oeste
Faz cortejo, é dia de coroação
Maracatu, festa de reis
Porta-estandarte ergue o orgulho da nação
Ê calunga! Calunga grande ê!
Ronca o tambor, deixa eu curiá
Congo é congo de aruê!
Filho de pemba tem querer!
Bangu é a realeza do conga