A negritude hoje canta feliz
Nosso quilombo do futuro é raiz
E quem dúvida só posso dizer
Vai no Bixiga pra ver
Vai no Bixiga pra ver
Ouço clamores do ventre da Terra
Ressoam tambores à minha chegada
Sou eu o griot afronauta
Olorum me deu permissão
Pra voltar a terra e ajudar os meus irmãos
Colorir a vida, despertar a primavera
Quando o sol luzir terá findada a missão
A luz de Iorokô faz sucumbir as trevas!
Pele preta, negra mãe África
Negra mãe da pela preta vem desacorrentar
Resgata a memória que vem de Aruanda
Reluz do orum a paz de oxala
O sol santificado amadurece
Santa mãe a minha prece
Fiz do solo meu altar
A luta de Mandela, a nova aurora
Que o brilho de Palmares, possa enfim nos libertar
Vem abrir as asas conhecer um mundo novo
Contar a história com as cores do meu povo
Para que o negro possa então se orgulhar (pra sempre ser Vai Vai)
Vem, chegou a hora de voar pra imensidão
Nossa mensagem vai tocar seu coração
Vai Vai é raça
É samba pé no chão