Eu já não posso esconder a minha mágoa
Meu coração revela todo o meu desgosto
De sentimento eu tenho os olhos cheio d’água
E a tristeza estampada no meu rosto
Enquanto ela tem a glória desejada
Eu tenho apenas o martírio de um fracasso
Enquanto eu choro minha sorte mal traçada
Talvez sorrindo ela esteja em outros braços
Enquanto ela dorme calma em seu leito
Em meu delírio passo as noites sem dormir
O coração batendo forte no meu peito
Vejo na mente a sua imagem refletir
Enquanto ela tem de tudo que deseja
Somente eu tenho a fria brisa quando passa
Enquanto ela abraça outro e lhe beija
Aqui sozinho só o desprezo me abraça
Enquanto ela está sorrindo de alegria
Mostrando a todos o sabor da liberdade
Abandonado eu contemplo em tirania
Os desenganos da minha infelicidade
Vem censurar, a minha vida ignora
O quanto é triste o desprezo de um amor
Sou obrigado para sempre ir-me embora
Para não ver ninguém sorrir da minha dor
Sou obrigado para sempre ir-me embora
Para não ver ninguém sorrir da minha dor
(Pedro Paulo Mariano – Santa Maria da Serra-SP)