Eu venho vindo
De uma querência distante
Sou um boiadeiro errante
Que nasceu naquela serra
O meu cavalo
Corre mais que o pensamento
Ele vem no passo lento
Porque ninguém me espera
Tocando a boiada, auê, uê, uê, ê boi
Eu vou cortando estradas, uê boi
Tocando a boiada, auê, uê, uê, ê boi
Eu vou cortando estradas
Toque o berrante
Com capricho Zé Vicente
Mostre para esta gente
O clarim das alterosas
Pegue no laço
Não se entregue companheiro
Chame o cachorro campeiro
Que esta reis é perigosa
Olhe na janela, auê, uê, uê, ê boi
Que linda donzela, uê boi
Olhe na janela, auê, uê, uê, ê boi
Que linda donzela
Sou boiadeiro
Minha gente o que é que há?
Deixa meu gado passá
Vou cumprir com a minha sina
Lá nas baixadas
Quero ouvir a ciriema
Pra lembrar de uma pequena
Que eu deixei lá em Minas
Ela é culpada, auê, uê, uê, ê boi
De eu viver nas estradas, uê boi
Ela é culpada, auê, uê, uê, ê boi
De eu viver nas estradas
O rio tá calmo
E a boiada vai nadando
Veja aquele boi berrando
Chico Bento corre lá
Lace o mestiço
Salve ele das piranha
Tire o gado da campanha
Pra viagem continuar
Com destino à Goiás, auê, uê, uê, ê boi
Deixei Minas Gerais, uê boi
Com destino à Goiás, auê, uê, uê, ê boi
Deixei Minas Gerais, uê boi
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)