Você disse que eu não tenho moral
para aconselhar você,
que um bagaço da noite eu sou,
Agora um santo eu quero ser.
É para o bem, a verdade
com propriedade eu vou lhe dizer.
Eu espinhos tracei,
Mas me arranhei.
E as marcas que eu trago na carne
você pode ver...
Já não podem doer.
Mas eu trago feridas tão bem escondidas
Que você não vê.
Bem abertas estão
No meu coração.
Não há remédio e doutor nenhum
nada pôde fazer...
Estão sempre a doer.
( Refrão)
Olhe para aquela madeira
A queimar, na fogueira,
em brasa está.
Olhe para o tição,
aprenda a lição:
Pra saber que é fogo que queima,
precisão não há
De na fogueira entrar.
Um gato bravo, malvado,
Caiu do telhado e se machucou.
"Rato, vem me ajudar!"
Gritou a chorar.
Mas o rato, com medo do gato,
nem se aproximou.
E o cachorro chegou...
(Refrão)
Preste atenção no que eu digo:
eu sou seu amigo
e sempre vou ser.
Mas, se não me escutar,
E então vacilar
Não serei eu que amigo seu
vai deixar de ser...
Quem vai deixar é você.
Seja, por fim, coerente,
Escolha a semente que vai semear.
Ação e reação!
É sem exceção:
Você vai colher somente aquilo
Que você plantar...
Ou vai rir, ou chorar.
(Refrão)
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