Eu vejo seres bélicos
Fratricidas... e gélidos
Cruelmente fantásticos
Drasticamente sádicos
Diurnamente notívagos
Racionais e onívoros
Avidamente trágicos
As lágrimas cálidas
Dos seus olhos pálidos
Sim, cintilam fantásticas
Ante à luz de relâmpagos
Por toda noite lúgubre
A cada tez fúnebre
Um gargalhar pândego
As cores da luz do sol
A brilhar no céu,
Nos mares, nas árvores,
Nas asas dos pássaros...
Mas na noite mórbida
Vivem esses telúricos
Ditos os seres lúcidos
Entre a névoa sórdida
A noite é mórbida