Ah! sofrê, se ocê ficasse
Só um tiquim mais a cantar
Nas gáia do imbuzêro,
Todo prosa a zaranzar,
Bem juntim da minha rede
E nós mais causos contar
Mas ocê cumo é liberto,
Forgazão e vagabundo,
Mal se dispede de mim,
Vai cantar pra ôtos mundo
Ah! sofrê, é que ocê sabe
Que eu priciso trabaiá,
Que a vida do bicho-home
Num é assim só vadiá
Mas lembremo que o imbuzero
Gosta de nos iscuitá
E ocê cumo é liberto
Forgazão e vagabuno,
Mal se dispede de mim
Vai cantar pra ôtos mundo
Vai, vôa, sofrê,
E vorte quando quiser
Sua liberdade tá na asa,
E a minha tá no pé