Sei que os rastros da lua
Estão cravados nas tuas veias
Sei que os teus pés errantes
Rastreia terras, vidas alheias
Oh, mulher,
Desde menina tens a alma peregrina
E um vendaval de amor
Em fúria nas tuas entranhas
Oh, mulher,
O teu olhar reluz a paz do luar
Dizem que ao raiar o sol
Tu te escondes nas montanhas
Assim feito cães vorazes
Tantos amantes a te espreitar
Mas não é só o chão que queres pisar
Sei que os rastros da lua
Estão cravados nas tuas veias
Sei que os teus pés errantes
Rastreiam terras, vidas alheias
E bradam os maldizentes
Que és do reino das serpentes
Não sabem que tu
É quem deveras crê no amor
Passe o tempo que passar
Sei que não desistirás
De regar o teu jardim
A espera de que vingue uma flor
E que seja eu semente
Que logo tu não mais regarás
Voas!...
Que te deixem em paz