À minha menina, minha dádiva
Oh, meu campo de paz...
Há tempo não te vejo pode ser que nunca mais
À noite, sorrias, no meu sonho,
Entre lágrimas
O meu sonho, teu sorriso...
Pode ser que nunca mais
Trincheiras, soldados, amigos mortos...
Quantos não verei jamais?
Trincheiras, soldados...
Pode ser que nunca mais.
Onde estão as coisas de amar,
Meu violão, a tua voz, o luar?
Teu sorriso, o brilho no olhar
O beijo ardente, o sussurrar?
Pode ser que será... ser que será...
Armas, irmãos, corpos sem almas...
Pobres animais!
Armas, irmãos...
Pode ser que nunca mais.
Oh, minha pequena...
É o clarim! Pode ser que jamais...
Adeus, menina...
Pode ser que nunca mais.