Não havia mais ninguém naquele mundo...
Dispersaram-se os amigos, todo mundo.
E passo a passo se arrastava a procissão,
Que ía e vinha de olhos cegos para o chão.
Somente ele reparou num moribundo...
Ele deu pão pra um vagabundo
E estendeu- lhe a mão.
E assim hoje já depois de tanto tempo,
Das suas palavras, dia a dia mais me lembro:
"Não me agradeças pela mão, nem pelo pão.
Vi neste instante que pisamos o mesmo chão."
E, então sorrindo, disse olhando a multidão:
"Falta alguém na procissão!"
E apertou-me a mão.