E as pedras foram tantas
Que o povo atirou em Madalena
Tão moça e bela...
O povo matou!...
Tem uma cruz de madeira
Duas achas de aroeira
Bem na beira do caminho
E ao lado uma tapera
Que um dia fora capela
Mas de amor também ninho
“Madalena!”
Brada um velho padre louco
“Quem traçou nosso destino?”
“Madalena!”
Um eco rouco enlutado
Na capela do Divino
Tem missa pra Madalena
Mas em vão apela o sino
E todo mundo sossegou
Depois que a moça morreu
Porque a assombração
A besta desapareceu
E o povo diz que era Madalena...
Era Madalena!...