Tacuapi - gomo de cana,
Falquejado de taquara,
Por minha artéria dispara,
O sangue verde que irmana!
O "pai tupã" guarani,
Nos primitivos rituais,
Te batizou "tacuapi"
Para o licor dos ervais!
Nos lábios de uma guria,
Ou na boca de um "ventena"
Meu trono é a cuia morena,
Quando a mão me acaricia!
Agora - de prata e ouro,
Ou de alpaca - simplesmente,
Sigo sendo a confidente,
Do "mal de amor" e namoro!
Hoje - na beira do povo,
Na miséria do casebre,
Inda guardo a mesma febre,
Mas nada volta de novo...
Então sou clarim de guerra,
Fazendo roncar o mate,
E fico a pensar na terra
Que eu entreguei sem combate!
O mate se desencilha,
- já não tem água a cambona
Só me resta na boquilha,
O beijo da minha peona!