A mão que semeia alinhava horizonte
Traçando fez ponte pra um novo futuro
E o ventre da terra que acolhe a semente
E ânsia latente do cacho maduro
A mão que semeia, terra sóis e cansaços
A moldar a paisagem na busca do pão
E a seiva esperança reforça seus braços
No duro compasso do arado no chão.
A mão que semeia embala e desperta
A verga entre aberta num loiro arrebol
A chuva transpira orvalhos em fachos
E o ouro dos cachos são raios de sol
E a força imigrante de timbras searas
E o solo faminto sementes anseias
De dose perfeita parindo futuros
No cio da terra e na mão que semeia.