Não se consegue colocar numa moldura
As agruras, as alegrias dessas casas
Não se descreve no mais belo dos poemas
Altivez e penas vivenciadas em tantas quimeras
As casas grandes com varandas rodeadas
Miram estradas, aquele que chega e quem se vai
Foram abrigo e viram tantos herdeiros
Tantos campeiros seguindo os trilhos do pai
As velhas casas têm mistérios, sentimentos
O seu sustento a atravessar anos a fio
Gerações que chegam e que passam lentamente
Que a vivem e sentem, mas que passam como os rios
Tantas cirandas formaram-se nos terreiros
Frente aos potreiros e figueiras das estâncias
Sombras das casas espichadas pelas tardes
Pra sorver mates, mirando artes das crianças
No interior das casas grandes e dos homens
Têm mesas largas, fartas de esperanças
Janelas abertas olhando horizontes
Partindo um, para chegar outra herança