Parou a chuva, veio de tiro a estiagem
O sol a pino pairando a terra molhada
Junto ao saleiro um zebu mirando longe
Espera o outro feito o dono da invernada
Pulando a cerca por força da primavera
Berros "ressongam" feito
Algum tropel de guerra
Cascos e guampas vão "sulcando" o pasto verde
Medindo forças palmo a palmo pela terra
A força bruta pra mostrar quem é mais touro
Trazem no couro a fúria feito um mormaço
O rubro sangue se espalha entre as flechilhas
De dois valentes "medindo o fio do aço"
Berro de touro num ciclo que não encerra
Suor e sangue mesclando "instintos de pampa"
Onde quem pode é dono do seu torrão
Quando a disputa se ganha à ponta de guampa
Retumbou berros ao longo de sua querência
Quando o inimigo derrotado vai embora
Quem tinha estampa e mostrava valentia
Perdeu seu rumo se largando campo a fora