Gosto de andar sozinho
Trilhando meu caminho neste cantar
Sofro dessas inquietudes
De uma vida rude de amanunciar
Ganho o mundo inteiro
Pelo trote chasqueiro deste meu tordilho
Sou de vento e de rio
De canto e assobio, não desencilho
Mas guardo lembrança
E aquela esperança de te reencontrar
Fico com as minhas verdades
A dor da saudade daquele olhar
Cuido das coisas que faço
De um tiro de laço, do pealo certeiro
Junto às coisas do chão
Alma e torrão, sorriso ligeiro
Amor de alma e de vento
Canto e lamento suor no chergão
Tranco macio da estrada
Barrigueira suada dessa imensidão
Mas é o tempo que passa
A vida adelgaça num tranco socado
E meu amor que é triste
Desde que partiste foi no teu costado