Pelo ementário
Que eu canto meu verso puxou o tema
Não fugi, não teve fim
E o que brotou paga a pena!
Pois dele sei... ele eu sinto
Cada lembrança e uma dor
Às vezes muita alegria também me deixou
O amor!
O amor não pede favores
O amor não compra carinhos
O amor é um bicho selvagem
Tem lá seus próprios caminhos!
O amor não bate na porta
Ele chega e vai entrando
Que nem os ventos da noite
E os primeiros frios do outono!
Aquele que de amor se toma se perde
Pra não se encontrar
Aquele que de amor se perde
Não quer saber de se achar!
É flor que cede e que se abre
Pra o bico de um beija-flor
É rio que vence distâncias
É fio de faca o amor!
Como escapar desse laço?
Como beber de outro vinho?
É flor de tuna
Tão linda
Que sempre espeta, em carinhos!
Cada gota move um mundo
Cada mundo é um recomeço
Levanta o ser mais caído
Derruba um forte a tropeço!
O amor é uma moenda, trabalhando
Passo a passo
O sumo do amor é doce
O fim do amor é amargo!
Feito um bagaço de cana
Não serve pra quase nada
Vai pra o poço da saudade
Onde a tristeza bebe d'água!
Tanto sei... mas como sei!
Se nesta estrada eu me perco!
Muito cruzei suas lonjuras
E sempre acabei num beco!
Dor e risos, são as causas
Do que apelidei de vida
O amor é labirinto e entrada!
Que nunca achei saída!