Tio "Telmo" acomoda os potros
Que a revisada é domingo
Vem no rosilho, que é pingo...!
Pra garanti a amadrinhada
Me traz a "Baia Encerada"
Que eu quero escutar o berro
Quando se cortar nos ferros
Nesta primeira encilhada.
O "Neves" e o "João Cabelo"
Vão levar umas "aporreadas"
Pra ginetear de bolada
Valendo a carne e o trago
o coração do meu pago
Vai palpitar campo a fora
Nos dentes de um par de esporas
Que mordem fazendo afago.
A cancha sempre é parelha
Pra o taura que afirma a perna
E o "José Leal" se governa
Em redomão de "21 dia",
"La-pucha" que judiaría
O "Motta" não ir com agente
Ta inseminando em "La Puente"
Vaca solteira e com cria.
De noite tem domingueira
Na "escuela" defronte a "venda"
Quem sabe arranje uma prenda
Mais linda que a estrela D`alva,
Nem a "maestra" se salva
De ter que ouvir meu segredos
Senão amanheço "alpedo"
Bebendo e atirando a "tava".
Diz que o gateiro é o "Cantilho"
Negro costeado do queixo
Que há tempos anda no trecho
Tocando e tomando canha
Carrega quantas façanhas!
Na alma da botoneira
Histórias desta fronteira
Curtida ao sol da campanha.
Até a comadre "Nequinha"
Vai se juntar na empreitada
Faz "uns pastel" de "abobrada"
E um cesto de pão caseiro,
Que é pra venda no "pulpero"
Já que a tarde vai ser longa
E pra dedilhar um milonga
Nunca falta um guitarreiro.