Bate o coração da espora na solidez do gavião
Dando vida à tradição pra o papagaio estendê-la
Conduz a seiva sinuela, rumores e melodias
Que brotam das sesmarias no tilintar das estrelas
O coração da espora verte essência regional
E a crença de cada qual, com força e com devoção
Injeta fibra e emoção no contra forte da bota
E só o campeiro é que nota o tento da pulsação
O coração da espora bate forte e apurado
Quando o sentido aporreado, no palanque, a vibração
Este mesmo coração bate suave e compassado
Quando o manso bem costeado pisa com gosto no chão
O coração da espora de um povo simples sem luxo
É o coração do gaúcho batendo lá no garrão
Tem a máxima função no seu pulsar soberano
De bolquear pro corpo humano sangue de campo e galpão
Sangue de campo e galpão
O coração da espora dispara no campo aberto
Quando um matreiro irrequieto vem refugar o rodeio
Renova antigos anseios, firma a tempera do braço
Leva pra artéria do laço toda a experiência do arreio
O coração da espora acelera os batimentos
Quando larga os sentimentos ao trote no corredor
No rumo daquela flor, detentora dos carinhos
Que dão vaza ao encaminho pra o talareio de amor
O coração da espora de um povo simples sem luxo
É o coração do gaúcho batendo lá no garrão
Tem a máxima função no seu pulsar soberano
De bolquear pro corpo humano sangue de campo e galpão
O coração da espora de um povo simples sem luxo
É o coração do gaúcho batendo lá no garrão
Tem a máxima função no seu pulsar soberano
De bolquear pro corpo humano sangue de campo e galpão
Sangue de campo e galpão