Eu hei de amar-te sempre, sempre, além da vida
Eu hei de amar-te muito além do nosso adeus
Eu hei de amar-te com a esperança já extinguida
De que meus lábios possam ter os lábios teus
Quando eu morrer, permita Deus que, nesta hora
Ouças ao longe o cantar da cotovia
Será minh'alma que, num canto triste, chora
E, nessa mágoa, o teu nome pronuncia
Eu viverei eternamente nos cantares
Dos pobres loucos que, do verso, fazem o ninho
Eu viverei para a glória dos pesares
Aonde quase sucumbi nos teus carinhos
Eu viverei eternamente nos cantares
Dos pobres loucos que, do verso, fazem o ninho
Eu viverei para a glória dos pesares
Aonde quase sucumbi nos teus carinhos
Eu viverei no violão que a noite tomba
Ante à janela da silente madrugada
Eu viverei como uma sombra em tua sombra
Como poesia em teu caminho derramada
Pois nem o tempo apagará nossos amores
Que floresceram da ilusão febril e mansa
Quando eu morrer, eu viverei nas tuas dores
Mas te levando em minha última lembrança
Eu viverei eternamente nos cantares
Dos pobres loucos que, do verso, fazem o ninho
Eu viverei para a glória dos pesares
Aonde quase sucumbi nos teus carinhos
Eu viverei eternamente nos cantares
Dos pobres loucos que, dos versos, fazem o ninho
Eu viverei para a glória dos pesares
Aonde quase sucumbi nos teus carinhos