Abandonar a graça de Cristo
e tentar ser aperfeiçoado
pelo próprio esforço
em cumprir a Lei,
é na verdade um esforço
para aperfeiçoar o velho homem,
que não pode de maneira alguma
agradar ou fazer a vontade de Deus,
porque a carne não está sujeita
nem a Deus, nem à sua lei.
Trata-se portanto de um engodo,
de uma farsa espiritual,
tentar fazer a vontade de Deus
sem estar sujeito
ao trabalho do Espírito Santo.
Mas quão grande dificuldade
os crentes têm para entender
e aceitar isto,
porque haviam ficado tardios
em ouvir tais verdades
relativas a Cristo.
Há coisas relativas
ao verdadeiro evangelho
que não bastam serem ensinadas
apenas uma única vez,
porque poderão vir a ser negligenciadas.
Daí ser necessário que estas verdades
sejam sempre repetidas e ensinadas
para que jamais nos desviemos delas,
porque elas configuram
a vontade de Deus para nós
na presente dispensação da graça.
E o ensino por si só
não pode responder
para se atingir
o propósito de Deus,
porque necessitamos
do trabalho da graça
do nosso grande Sumo Sacerdote,
para que a sua justiça e verdade
sejam implantadas e aumentadas
em nossa nova natureza
recebida pela fé nEle.
Cristo é o Arão dos crentes,
porque somente aqueles
que são adotados como filhos de Deus
por causa da união deles com Cristo,
são também contados
como sacerdotes de Deus.
Se Cristo foi chamado pelo Pai
para ser sumo sacerdote,
então aqueles que estão
associados a ele
são também sacerdotes,
e devem cumprir o seu ofício
em favor de todos os homens.
Caso não houvesse pecado,
não haveria necessidade
de um sumo sacerdote.
A Lei ensinava isto em figura
com o sumo sacerdócio araônico,
só que aqueles estavam
rodeados de fraquezas
e ofereciam dons e intercessões
por si mesmos,
mas tal não é o caso de Cristo
que não tem
nenhuma fraqueza ou pecado.