Como os crentes participam
da glória de Deus
por meio de Cristo,
então Ele próprio participou
das aflições pelas quais
passam todos os crentes,
para que em tudo
se identificasse com eles,
exceto em relação ao pecado.
Para Deus “são todas as coisas,
e mediante quem tudo existe”,
de maneira que convinha
que o príncipe da nossa salvação,
Jesus, fosse consagrado pelas aflições.
Tudo é de Deus
e nada existe fora dEle.
É na própria divindade
que todas as coisas são sustentadas,
quer as da terra, quer as do céu.
A vida não pode
ser achada fora de Deus.
Tudo que não estiver
ligado a Jesus perecerá.
Se o Senhor não tivesse
dado a Sua vida inteiramente
pelas aflições que suportou
por amor dEle e de nós,
jamais poderíamos ser salvos
da nossa condição miserável,
porque o princípio da vida eterna
opera por este ato
de completa consagração
de nossa vida e vontade a Deus,
para que possamos
receber a vida eterna
pela nossa união com Jesus.
Jesus deu Sua vida completa
e voluntariamente ao Pai,
e recebeu da Sua própria mão
o cálice amargo que era
destinado a nós pecadores,
para que pudéssemos também
oferecer nossas vidas a Ele,
porque é somente desta forma
que se pode obter e alcançar
uma plenitude cada vez maior
da própria vida de Deus.
Ele disse repetidas vezes
em Seu ministério terreno
que nada fazia
segundo a Sua própria vontade,
senão somente
segundo a vontade do Pai.
Podemos dizer que a rigor,
Ele morreu para o seu ego
para se consagrar inteiramente
à vontade do Pai.
E tendo morrido o grão de trigo,
pôde trazer a muitos outros grãos,
que são os crentes, a vida eterna.
Como Jesus se identificou
em todas as coisas relativas
à nossa humanidade,
então não se envergonha
de nos ter na conta de irmãos.
Jesus é o irmão primogênito
que nos santifica,
para que sendo tornados
verdadeiros filhos de Deus,
possamos ser de fato
irmãos de Jesus.
Nosso Senhor se identificou
com aqueles
que lhes foram dados pelo Pai,
para destruir o domínio da morte
e do diabo sobre eles,
e também para livrá-los
da escravidão ao pecado.