Um tento prende nos bastos
Os outros quatro traçados
Que retornaram pro campo
Pra ver do avesso o passado
Doze braças abraçadas
Entre presilha e argola
Vem fazendo contraponto
Aos quatro galhos da cola
Rodilhas quase cobertas
Pelo campomar noiteiro
Sem saber o que se passa
Além do mundo do arreio
Na ânsia de ver seu corpo
Campeando outro no gado
Tendo por guia o instinto
E seus olhos prateados
Tem por ofício campeiro
Muy bem cuidar os avios
Matando a sede das cordas
Com graxa de quem partiu
E por pensar desse jeito
Toda a vez que me enforquilho
Busco alimento pra'o laço
Nas aspas de algum novilho
Proseia de vem em quando
Com os quartos do gateado
Talvez pedindo serviço
Ou lhe dizendo, calado
Que sonha ganhar os ares
Numa certeira revoada
Emoldurando um sorriso
Na boca grande da armada
Assim compor seu destino
Depois que se corta o rastro
Partindo das mãos campeiras
Deitando o boi contra o pasto
Cumprindo o ritual do couro
Pela precisão dos braços
De pelear os matreiros
E transformá-los me laço
Tem por ofício campeiro...