Um olhar de longe me vidrou os olhos
Trazendo de tempos, restos de um passado
Que ficaram presos por trás da moldura
On de um tempo moço foi-se amarelado
Que sonhos teria esse olhar de ontem
Pensaria ele em mandar nos ventos
Saberia ele que somos moldados
E seguimos como decidir o tempo
Uma borboleta pousou na moldura
Misturando as cores qeu suas asas têm
Com a palidez dessa foto antiga
E a inércia toda que ficou de alguém
Quem roubou as cores da fotografia
E tirou os sonhos daquela menina
Terá sido o tempo, senhor dessas terras
Que regou de sonhos suas claras retinas
Explicar não sei, fica além da conta
O que o tempo sabe e nunca nos diz
Por que leva os sonhos assim de repente
Logo quando a gente ia ser feliz
Se desfaz o sonho se ficamos quietos
Que depois do adeus nos resta quase nada
Nem todas as cores de uma borboleta
Vão dar vida nova a uma foto amarelada