No pôr-do-sol eu vejo as aves revoando
Cada uma procurando um lugar para pousar
O rei dos astros vagaroso e reluzente
Pela estrada do poente vai sozinho viajar
As nuvens brancas vão ficando coloridas
E parecem comovidas se despedindo de alguém
Enquanto a terra sente o resto de calor
Eu sinto imensa dor da saudade do meu bem
No outro dia o Sol volta da viagem
Vem tirando da ramagem o orvalho que ficou
Só em meus olhos permanece sem piedade
O orvalho da saudade do amor que me deixou
O véu da noite do nascente se desprende
Lentamente se estende revestindo a natureza
Porém não cobre esta dor que já é grande
E ainda se expande nos meandros de tristeza
Vem a lembrança de um pôr do Sol distante
Motivando num instante orvalhar os olhos meus
Por que a mulher que meu coração adora
Num pôr do Sol foi embora nem sequer me disse adeus
No outro dia o Sol volta da viagem
Vem tirando da ramagem o orvalho que ficou
Só em meus olhos permanece sem piedade
O orvalho da saudade do amor que me deixou