Quando eu fui pra Mato Grosso
Conheci uma cuiabana
Morena cor de canela
Conhecida por Mariana
Convidou com muito agrado
Pra chegar em sua choupana
Era a moça mais bonita
Lá na festa de Santana
Me despedi da cabocla
Na estrada de Aquidauana
Coração descompassou
Nos braços da cuiabana
Voltei pela noroeste
Segui pra sorocabana
Sem nunca esquecer na viagem
O semblante da Mariana
Eu escrevi uma carta
Pra morena cuiabana
Pedindo ela em casamento
Viver na minha cabana
Falei da minha fazenda
Com cem alqueires de cana
Além de outras riquezas
Em toda a linha mogiana
Eu esperei confiante
A resposta da Mariana
A sua carta chegou
Depois de quatro semana
Quando li sua resposta
Vi quanto era desumana
Me respondeu com desprezo
Aquela ingrata tirana
Eu vendi tudo que tinha
E fui pra terra goiana
Chorando a dor da saudade
O desprezo da Mariana
Depois da desilusão
Da malvada cuiabana
Eu quero morrer solteiro
E mulher jamais me engana