Vinha fechando um palheiro sem descuidar do fiador
Quando um boi refugador que tranqueava gavionando
Foi pouco a pouco tenteando querendo o mundo
Facilitaram na ponta e alçou a cola disparando
Levei as “tampa” num zaino que saltou arrancando grama
Se não se esmaga na cama se dá serviço prá o laço
Foi se encurtando o espaço entre a mula e o cavalo
Pra honrar o pago que falo só me restava meu braço
E assim a toda a carreira eu armei o quatro tentos
Firmando meu pensamento no terreno e no alambrado
Se ele salta pro outro lado nunca mais que nos topamos
Que vergonha pra um “paysano” uma tropa faltando gado
Já quase em riba da cerca empurrei o doze braças
Que cerrou justo nas aspas quando o boi ia no ar
Pra aprender a não refugar caiu de volta de lombo
Pois quando o destino é um tombo se pensa pra disparar
Quem não quiser acerditar por mim que não acredite
Mas que nunca facilite um boi gavião e matreiro
Nem sempre o pulso é certeiro e o pingo é solto de pata
Tem laço que se desata com fama de macegueiro