Mundo velho já faz tempo
Me adentro ao campo da alma
São incursões verdadeiras
Coisas de terra e capim
Prolongamentos de mim
Circunstâncias de uma raça
Legendas de pátria gaucha
Que não morrerá assim
A sagração das taperas
Guarda orações de silêncios
Comungando com os ventos
De quem já não vive nelas
Pois assinalam querências
Memorial de identidades
Traduzindo no seu eu
O coração da saudade
Renovando a raça antiga
Sem me apartar do que fui
E o que sou é o bisavô
Navegando no meu basto
Ao cruza-las verifico
Que é meu povo campo e alma
Cavalo, encilha, guitarra
O que assim me justifico
E se no mais eu insisto
Em frutificar saudades
Porque é delas as verdades
Conservando o que acredito
Daí então este tempo
Que as taperas assinalam
Vive em mim nos meus cavalos
O que assim me justifico
Daí então este tempo
Que as taperas assinalam
Vive em mim nos meus cavalos
O que assim me justifico
Renovando a raça antiga
Sem me apartar do que fui
E o que sou é o bisavô
Navegando no meu basto