São Almas que se cruzam...
Numa sede de caminhos,
Numa busca de carinhos,
Numa carência de afagos...
São Almas que lutam...
De uma forma insistente,
Prá que não morram sementes
No ventre antigo dos pagos!
São almas que anseiam...
Pelas refregas, peleias
Por defender a bandeira
Deixando como legado...
Eterna sina das almas,
Que são campeiras de fato
De andar repisando rastros
Que o tempo jamais apaga
Sina das almas, eternas,
Que temem a despedida
Da pampa, que foi em vida
Bem mais que a sua morada...
São almas que habitam...
O ermo dos campos santos
Tantos no meio de tantos
Tiveram destinos logrados...
São almas que insistem...
Em renegar a distância
Que "hay" entre céu e pampa
Entre presente e passado...
São almas que voltam...
Para junto das fogueiras
Prá ni chiar das chaleiras
Renascerem num amargo...