Oh, que beleza de rio
Que me faz voltar aqui
Mal clareia o Sol de janeiro
Eu volto ao pesqueiro do Rio Ibicuí
Oh, que beleza de rio
Que me faz voltar aqui
Mal clareia o Sol de janeiro
Eu volto ao pesqueiro do Rio Ibicuí
Oh, que beleza de rio
Que me faz voltar aqui
Mal clareia o Sol de janeiro
Eu volto ao pesqueiro do Rio Ibicuí
Tem pintado, piava, jundiá
Tem dourado, bagre, surubi
Até a Lua, xirua campeira
Se para faceira ao se banhar aqui
As barracas armadas ao Sol
Nossas roupas secando no ar
E as águas correndo risonhas
Levando mil sonhos pra contar ao mar
Oh, que beleza de rio
Que me faz voltar aqui
Mal clareia o Sol de janeiro
Eu volto ao pesqueiro do Rio Ibicuí
A canoa desliza em remanso
Vai serena pelos aguapés
Pescador já vai curtindo a sede
Do dourado na rede queimando a seus pés
Cai a tarde e a noite esconde o Sol
Se contempla a beleza sem par
E as estrelas que adoram o luar
Chamam os lambaris pra lhes namorar
Oh, que beleza de rio
Que me faz voltar aqui
Mal clareia o Sol de janeiro
Eu volto ao pesqueiro do Rio Ibicuí
E de volta ao acampamento
Passa o trago, corre o chimarrão
Contam causos, proeza, alegria
Lindas melodias brotam no coração
Noite alta, só o grilo canta
E o dourado bate no espinhel
Pescador da vasão ao desejo
Vai roubar um beijo com sabor de mel
Oh, que beleza de rio
Que me faz voltar aqui
Mal clareia o Sol de janeiro
Eu volto ao pesqueiro do Rio Ibicuí
Oh, que beleza de rio
Que me faz voltar aqui
Mal clareia o Sol de janeiro
Eu volto ao pesqueiro do Rio Ibicuí