Trago no corpo as marcas da guerra
Trago as marcas de um povo bravio
A força e a coragem
As honras e glórias de quem já partiu
A dor, o medo superados na iniciação
Ritual!
A aura xamânica
Dança xamânica
Cura xamânica
Ritual!
Cerimonial tribal
A pintura corporal
A bebida, o rapé
No transe espiritual
Pro mundo sombrio de seres fantásticos
Lagarto de sete cabeças, onça com olhos de fogo
Gaviões vorazes sedentos de sangue
Cobras aladas
No rito de incorporação
Índios dominam o iniciado
Dente de piranha, ossos afiados
Com jenipapo seu corpo tatuado
Gravuras eternas perpetuará
Transcendência do novo pajé
Vi a vida, vi a morte
Fui ao mundo surreal
Conheci segredos ocultos
Retornei mais forte
Agora sou xamã, sou pajé
Sou líder espiritual
Sou feiticeiro da aldeia
Sou homem, bicho, animal
Na pele vermelha incorpora
A camuflagem da onça pintada
Dos olhos do gavião
A mira certeira na caça
Sorrateiro feito serpente
A força do javali
O sentido noturno dos morcegos
Tatuados no corpo
Pajé!
Índio avermelhado, enfeitado, emplumado
Pajé!
Traços de pintura ancestral, guardião do mundo tribal
Pajé!
Índio avermelhado, enfeitado, emplumado
Pajé!
O corpo todo tatuado
Pajé!
Ritual de iniciação