Wahanararaí wahanararaí
Marinawa kinadih hih
Quando aragem de feras
Serpentes de fogo tocarem o chão
Harpias no céu cantarão
Libertando o véu uivante
Andantes insuflam do submundo
Resmundo dos velhos espíritos
Da escuridão
Alaridos em nevoeiros emanam algozes
Abutres vorazes, bugios errantes
E vultos que voam
Dyohko te devoram
Te devoram, te devoram
No alvorecer, mahwá ayauhasca, omandá
Emanam profecias xamânicas
No caminho transcendente das almas
Ventos lançam visões
Do fogo, da terra, da água e do ar
Cantam os deuses kohanas
Kodoh-warah
Na lua do Javari, pajé kanamari
Dança sobre insepultos dyohko
Transformando as feras num sopro em chamas
Alaridos, abutres vorazes, seres mutantes
Te devoram, te devoram, te devoram, te devoram
Eu sou o voo sagrado, os olhos das eras
Eu sou o canto e as flechas
A cura da terra, o coração de jaguar