Flautas celebram o ritual
No Juruá, no Purus-Juruá
Tochas de fogo clareiam o Banivá
Danará na escuridão
Cantos sagrados soprados ao vento
Prenúncio da dança tribal, ô,ô,ô
Noite em lua cheia anunciam
Os índios na festa real
De braços dados no arco da sorte
As flechas serpentes revelam
Aos olhos xamânicos
Os Deni são assolados
Na escuridão
No domínio celeste
Zupinehé mago dos sonhos
Mastiga o katuhé
E em êxtase vai ao duelo
Num transe profundo
O Pajé Zupinehé
Evoca a coruja
Pássaro ancestral
Trovões e rajadas abatem
O terrível Tukurime
Com o mago da salvação, hei, hei
Dançam e cantam na tribo Deni
Na colméia sagrada
O segredo imortal
Dançam e cantam na tribo Deni
Pajé, o mestre da luz, feiticeiro da paz