(1978)
Afinei o coração numa viola triste de fitas enfeitada
E chorei um ribeirão enquanto a morena deu uma gargalhada
Disse, “moço, não se avexe, que esse amor
Não passa de empreitada”
Sou a fama, sou a peste, mulher do mundo, dama Pé-de-cabra”.
Arrisquei uma canção pra que o destino dela fosse pros diabo
Preparei um alçapão atrás de uma cancela, de corpo fechado
Disse, “moça, não se esqueça, meu coração já foi abençoado
Dos pés até a cabeça. Nasci assim, não vou morrer assado”.
Ela se vestiu de rainha, no mais fino traje camponês
Deixou no ar um aroma de alecrim e perfume francês
Perdi a minha viola, sem contar os vinte contos de réis!
Perdi a minha viola, sem contar os vinte contos de réis! (Repete I)
Disse, “moço, não se avexe, que esse amor
Não passa de empreitada”
Sou a fama, sou a peste, mulher do mundo, dama Pé-de-cabra”.