Ah! esse grito raro é feito o sol tão claro
É um farol guiado, é um mito afugentado
É uma voz potente, o amor intransigente
Diga no meu ouvido o tempo escondido
Que há tanto consente, tanto esquecido
E digo de bom grado o som tão esperado
É o amor do amigo, o amor desesperado
Se chegado vale a pena a mão que hoje acena
Ficará comigo a luz do amor serena
Se a vida reta empena, leva a nossa meta
Acima o poeta, abaixo o profeta
A rosa, a prosa, a bela vêm na primavera
E o jornal da tela noticia a guerra
E uma cor que morre, é uma dor que corre
Um farol que se apaga, é um grito que se cala (bis)
A noite vira dia no claro da luta, veja se me escuta
Olha sua rua que a verdade nua e crua um dia vai chegar
E essa noite será noite em qualquer luar
E esse mundo será mundo em qualquer lugar.
[ De Ruy Maurity, César Costa Filho e Ronaldo Monteiro ]
Contribuição de:
LAURO SOARES DE ALVARENGA
São José dos Campos - SP