Eu te lembro, Mocinha, sob a luz da quitanda, e lá fora o luar
Teu vestido cheirava loção e relíquias da idade da pedra, da carne e do sal
Eu te lembro, menina, teu retrato amarelo, quão belo, só belo, à luz do luar
Teu retrato amarelo, quão belo, só belo, à luz do luar.
Eu te lembro, pitanga, os tecidos, os legumes, bibelôs de papel
Teus cabelos de lãs eu abraço, agasalho, teu alho, cebola, teus doces de mel
Eu te lembro pensando que o rapaz do balcão fosse o moço encantado do carramanchão
Que o rapaz do balcão fosse o moço encantado do carramanchão.
Contribuição de:
LAURO SOARES DE ALVARENGA
São José dos Campos - SP