FAZENDEIRO DO AR
Ruy Maurity e José Jorge 1976
Eu não devia te dizer agora, mas esta vida comovida é o diabo!
Eu não devia te dizer agora, mas esta vida comovida é o diabo!
Carlos Drummond de Andrade, anjinho torto
Que perdeu o bonde na curva da esperança.
Carlos Drummond de Andrade, moleque de Minas
Menino antigo, de ferro, futuro e lembrança.
Carlos Drummond de Andrade, perdoa a pretensão
De cantar tua poesia, mas vê se não adia pro outro século
A nossa bendita felicidade! (Repete: Eu não devia te dizer...
Tempo de homens partidos, da falta que ama, reclama
Ensina amar, desamar, fazendeiro do ar que plantou a Rosa do Povo
No Brejo das Almas, no conhaque de um bar...
Carlos, Carlito, o povo sumiu, a luz apagou, a festa vai continuar
Mas o Caso do Vestido, esse o jornal não vai noticiar! Eu não devia...
Contribuição de:
LAURO SOARES DE ALVARENGA
São José dos Campos - SP