Manhã candeia, sombra de casco
A noite inteira passarinhou
Só bebe o rio e o bebedouro
É mau agouro, passarinhou
Vou levar minha viola, levar meu embornal
Essa trilha dá em gente, gente nova, capital
Vou levar minha viola, levar meu embornal
Essa trilha dá em gente, gente nova, capital
A mãe lavando as pedras à beira lá do açude
Com seu braço morno e rude o suor de quem passou
Mas o filho era bruto, só crivado de rancor
Fez da cor da despedida tardes do interior
Vou, vou levar minha viola, levar meu embornal
Essa trilha dá em gente, gente nova, capital
Lá no poente se debruçando, a sua gente se perguntou
Por onde as águas desse meu rio, por onde o filho passarinhou
Vou, vou levar minha viola, levar meu embornal
Essa trilha dá em gente, gente nova, capital
O menino foi campeiro, hoje empunha o embornal
Desce rio, desce ribeiro, avançando o matagal
A vida se faz nascente numa casa filial
Chaminé tão saliente: é o curso industrial. [ Repete II ]
Contribuição de:
LAURO SOARES DE ALVARENGA
São José dos Campos - SP