Espora, estribo, bocal é rédea larga
Foram tetéias que marcaram minha infância
Quando um potro saísse dando volta
Empurrando o lombo em frente da velha estância
Minha esporas de sete dentes cravadas
Que eu usava pra matungo que aporreava
Uma queria e a outra vinha cortando
E no caminho geralmente se encontrava
De madrugada quando aponta a estrela Dalva
De muito longe se ouvia um potro berrando
E um piazito que no seu lombo ia firme
Espora e mano de atrofia iam cantando
Espora, estribo, bocal é rédea larga
Foram teteias que muito estimei
Hoje rapaz de trinta e poucos anos
Perdi a conta dos bagual que já domei