Mano Lima
Vaneira
Quando um touro aponta a guampa num pelado de rodeio
Quando abro minha garganta, raiz da pátria semeio
Levanto igual leiva bruta quando o arado galopeia
É a força da terra xucra que no meu peito pateia.
Meu canto é tiro de bala que atou meu próprio cavalo
Me deixando enraizado na querência onde nasci
É mascote de sinuelo que vai batendo sincero
E não deixa a pátria dormir
É olho de boi que pula que vem do oco do chão
Vertente de água pura no manancial da canção
Quando me encontro vagando no lombo de uma vaneira
Parece que vou rolando mo transformando em cachoeira.