Frouxa o bocal que ele levanta, não dá pau que não adianta
O animal pra ser de fiança tem que sabe ajeitar
Nem o homem companheiro não aprende tão ligeiro
Tudo aquilo que o mundo tem pra lhe ensinar
O potro, embora ligeiro, faz parte do índio campeiro
Pois o gaúcho e o cavalo tem história pra contar
Chimango e maragato, republicano ou farrapo
Cavalo é alma de assalto e gaúcho sabe pelear
E eu que sou gaiteiro, sou cantador e sou troveiro
Mas também sou um guerreiro se a pátria me precisar
Tenho um mosquetão vazado atiro no pó e chacolho
Parece que fui talhado pra domar e pra pelear
Potro que corcoveia eu conheço inté pela oreia
Gaúcho que não peleia eu não conheço nenhum
Pra mim não tem mulher feia
E ave que não tem pena eu só conheço o muçum