Veio a semente das antigas reduções
Céu, sol e terra quando o pão se dividiu
Em nossos dias o legado das missões
Precisa levantar onde caiu
Ajuntou a gurizada dos vizinhos
Dia do pão não tinha de brinquedo
E a despensa se agradava no ringido
No cilindro nas munhecas do piazedo.
Minha mãe d elenco na cabeça
Repassava a massa com talento
E moldurando de forma carinhosa
O pão trabalho transformado em alimento.
Falado:
Lembro bem dos lagartos tostaditos
No forno quente que impaciente eu esperava
Olhos de feijão aparte do piazedo
Na primeira forma que aprontava.
Cantado:
No upa depois se repartia
O pão sovado por toda vizinhança
Hoje me vem repontando pensamentos
Velhas guarpiadas fermentos de esperança
Meu irmão precisamos pegar juntos
Larga o orgulho, a miséria prosperou
Ombro a ombro jamais repartiremos
O pão da esmola que o diabo amassou.