Rio Guri
Como pode um rio que anda dentro da gente, parar?
Mistérios que a gente explica quando sabe imaginar
Nasci à beira de um rio fui guri em suas margens
Levando barcos de sonhos por fantasiosas viagens
Fui pescador, fui balseiro, marinheiro e capitão
Fui tudo e fui mais um pouco no meu reino de invenções
Contrabandeei de mentira em noites que imaginei
Bolacha, azeite e farinha, cruzadas fora-de-lei
O rio real ficou longe e eu longe desde que vim
Mas meu rio de infância e sonhos não morreu dentro de
mim
Como pode um rio que anda dentro da gente, parar?
Pra quem teve um rio na infância nem carece de
explicar
por nelson de campos