Cria do chão missioneiro...
Cria do chão missioneiro carrego desde criança
A cruz de uma santa herança de cantor e guitarreiro
Na minha lama de campeiro que venera as tradições
Profundas convicções me dão a fibra e a garra
De cantar como cigarra pela glória das missões.
Um som de bronze dos sinos...
Um som de bronze dos sinos das reduções guaranis
Dentro da alma um laço cris que me abençoa o destino
Por isso desde menino canto as minhas devoções
Um chão das evocações de mim jamais de desgarra
E eu vivo que nem cigarra cantando as minhas missões.
O braço de meu violão...
O braço de meu violão qual uma cruz de Lorena
Me concede a graça plena da missionária emoção
E aqui sobre o coração o bojo das vibrações
Me transmite sensações de ter nervos de guitarra
E a garganta de cigarra para cantar as missões.
Quando canto minha herança...
Quando canto minha herança para meus filhos transmito
Por sobre ruínas transito como auroras de esperança
Minha alma nunca se cansa de exaltar esses rincões
E as vindouras gerações no povir que já me agarra
No corpo na uma cigarra me encontrarão nas missões.