("Nas noites enluaradas
Zé Madrugada cantava
Pra a sua namorada
Que da janela escutava
E um verso cheio de amor
Para ela improvisava")
Abre a janela, vem minha amada
Ouvir as queixas de um trovador
Ao som do pinho eu te ofereço
Toda minha alma, meu grande amor
("Mas numa noite
A janela fechada ele encontrou
Com um aviso de luto
O moço já calculou
Que seu bem tinha morrido
Chorando triste cantou")
Por que não abre janela fria
Iluminando a escuridão?
E a nostalgia que nesta noite
Cobriu de luto meu coração
("Junto daquela janela
Um dia foi encontrado
O seu corpo já sem vida
E um bilhete do seu lado
Banhado todo de pranto
E trazia este recado")
Quando meu corpo for encontrado
A minha morte não chorem, não
Peço deixar-me ao lado dela
Eternamente no frio chão