Moça gorda era a Chica Constância
Quando ela casou, que trabalho estafante
Pra vestir seu vestido de noiva
Veio a costureira e mais vinte ajudante
E trouxeram cem metros de faixa
Pra ver se a danada formava a cintura
Quando a turma apertava no meio
Por todos os lados saía gordura
Apertava por cima, saía por baixo
Apertava por baixo, saía por cima
Apertava por trás, saía pra frente
Apertava pra frente, saía pra trás
E de tanto apertar a Constância
Saiu pelo zóio os purmão da marvada
Toda as tripa saiu pela boca
E a pobre da noiva morreu destripada
Um caixão com três metro de fundo
E quatorze de boca foi encomendado
Mesmo assim pra caber foi difícil
Pois saía banha por todos os lado
Apertava por cima, saía por baixo
Apertava por baixo, saía por cima
Apertava por trás, saía pra frente
Apertava pra frente, saía pra trás
(“Nossa mãe!
Tanta gordura junta e a banha desse preço, gente! ”)
Pra levar ela pro cemitério
Veio um trem de ferro com quatro vagão
O coveiro cavou por dez dia
Pra abrir o buraco pra entrar o caixão
Foi preciso trazer um guindaste
Pra ver se a Constância na cova descia
Todo mundo apertava sem dó
Mesmo assim no buraco o caixão não cabia
Apertava por cima, saía por baixo
Apertava por baixo, saía por cima
Apertava por trás, saía pra frente
Apertava pra frente, saía pra trás
Apertava por cima, saía por baixo
Apertava por baixo, saía por cima
Apertava por trás, saía pra frente
Apertava pra frente, saía pra trás
Mas apertava por cima, saía por baixo
Apertava por baixo, saía por cima
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)