(“Vanda e Maria eram gêmeas, feliz juntinhas crescia
Mas com três anos de idade a morte roubou Maria
No dia de seu enterro Vanda jamais compreendia
Que a irmãzinha querida pra sempre se despedia
Os pais a Vanda pediram, filhinha, vamos emprestá
Seu vestidinho a Maria que ela vai passeá
Ela devorve a você quando da viage vortá
Vanda inocente correu seu vestidinho buscá”)
Com seu vestidinho branco
Dado por sua irmãzinha
Era um anjinho inocente
Em seu caixão deitadinha
E entre um coro de anjos
Seguiu viagem sozinha
Lá para o alto do céu
No meio das estrelinhas
Vanda sozinha chorava
Pela falta de Maria
Que não vortava de viagem
Nem seu vestido trazia
E numa tarde, um velhinho
Em sua porta batia
Vinha de longe e cansado
E ali um pouso pedia
No outro dia o velhinho
Tinha sumido e deixado
O vestidinho de Vanda
Que do céu lhe foi mandado
Só então compreenderam
Este mistério sagrado
O velhinho era Jesus
Que ali tinha pousado
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)