("No consultório de um médico
Um moço triste entrou e disse
Doutor! eu quero um remédio pra minha dor
Ando triste, aborrecido
O médico o examinou
E não encontrando doença pro rapaz assim falou”)
O seu mal é uma descrença
Das longas datas vividas
Lembrando as lutas que teve
E todas elas perdidas
Por isso tens a existência
Cansada e desiludida
De tanto arrastar pro mundo
A pesada cruz da vida
Vá hoje naquele circo
Pra esquecer sua amargura
Veja naquele palhaço
A mais feliz criatura
Ele faz rir quem está triste
Com as suas diabruras
Só assim se distraindo
A sua mágoa tem cura
O moço abaixou a cabeça
E mais triste respondeu
Se este é o meu remédio
Minha esperança morreu
O palhaço alegra os outros
Tendo em pranto os olhos seus
Não tenho cura por que
Aquele palhaço sou eu
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)