Abandonava num subúrbio triste
Meu lar que um dia jurei respeitar
E dentro dele a chorar deixava
A companheira que eu jurei amar
Qual vagalume pela noite a dentro
Na boemia esquecia o lar
E convencido que somente eu
Tinha o direito de poder errar
E a companheira sem os beijos meus
Vendo depressa nosso amor morrer
Em outros braços ela foi buscar
Novos carinhos pra poder viver
Até que um dia vieram me dizer
Que em meu lar lá no subúrbio além
O meu lugar que eu deixei vazio
Era ocupado por um outro alguém
Alucinado eu jurei vingar-me
Voltei pra casa para os dois matar
Mas no momento de bater na porta
Senti desejos de a perdoar
Pois ela agora encontrou abrigo
Noutros carinhos que eu não lhe dei
Vim para a orgia sem abrir a porta
E ao meu lar eu nunca mais voltei
Hoje bebendo vivo a esperar
Que a minha vida chegue logo ao fim
Nem o direito tenho de chorar
Pois fui culpado de sofrer assim
Vejam amigos o exemplo meu
Nunca despreze quem lhe queira bem
Você errando sem saber está
Dando o direito dela errar também