"antes que quebrem o silêncio que eu fiz pelas minhas mãos
Deixo caladas as cordas do braço do meu violão
Pra escutar a distância do campo ao meu redor
E fecho os olhos pra dentro pra ver a vida melhor
Cada silêncio refeito e pra que o tempo demude.
Por isso que o violão inventa suas quietudes
Guarda nas cordas sonoras o que não pode conter...
Por que um silêncio de fato não é fácil de fazer...
Ergo uma copla nos dedos que as cordas falam o que penso
Mas fecho os olhos pra dentro antes que quebrem o silêncio
Sonoras cordas que pairam pra sangrar a melodia
Idioma puro da alma que renasceu da poesia
Depois que fala a guitarra e o silêncio dá a resposta
Traz bem pra perto de mim, a solidão que me imposta
Algum silencio da vida, sorvendo o doce da calma,
Pois quem não tem seu silêncio, guarda um vazio pela alma
Eu carrego uma quietude guardada junto comigo
É uma saudade caseira que me prendeu por castigo
Mas sempre quebro o silêncio que uma ausência constrói
E choro junto ao violão quando a saudade me dói..."